terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nega



Nega, não nega que eu te queira.
Não queira que eu te negue, Nega.
Não faz do teu brinquedo o meu amor

Para, não ri assim na minha cara.
Nem finja que não me repara.
Não faz do meu carinho o teu bibelô.

Me beija,
joga-me assim no teu lençol.
Me coma em tua cama,
 mas não nega, Nega.
vem me pega ao bel prazer.

Te queixa,
mas deixa a tua coxa ao meu redor.
Encaixa-se de concha em mim
e deixa, Nega
o nosso mundo se acabar.

Vem, me enche de chamego, Nega,
Vem, me chama de teu Nego, Nega.
Não te nego
te entrega devagar.

Lunar  

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Quando se perde a poesia


Quando se perde a poesia,
é quando da noite pro dia,
a página fica vazia.
e nem uma linha se arrisca mais.

E quando se perde o poema
é como se a alma pequena,
tentasse valer a pena,
mas nem uma rima se arruma mais.

É como quem perde a fala
e a palavra que era divina,
do nada vira esgrima,
e crava.

É como quem chega na sala
e trava com uma angina.
E tenta uma volta por cima
e nada.

Um artista
preso em si.


 Lunar