sexta-feira, 1 de abril de 2016

Lar doce mar



      

As duas pombas do casarão
revelam de onde eu sou.
Onde eu venho desde pequeno.
Onde eu tenho como destino
uma praia do sul.

Vem de alto mar.
Pobre Altair.
Encantado por uma sereia
veio morrer na beira
da praia mais longa do mundo.

No terminal
duna e flor.
Na areia o Tuco Tuco.
Na água salta um boto
solteiro em busca de amor.

Lagoa verde.
Menina dos olhos.
Lembro dos fins de tarde.
Quando o sal da onda arde
junto às pedras dos molhes.

A antiga estação
da avenida Rio Grande.
Ao cair a noite estrelada
pra encontrar minha namorada
meu coração vai sair.

De noite a água brilha numa onda.
A esteira da lua ilumina Iemanjá.
A praia de prata à noite se apronta
e fica dourada durante o dia.
Eu sigo na velha Villa Sequeira,
pois é cassinera minha sina.
É onde eu venho desde menino.
Esse é o Cassino meu lar doce mar.

LUNAR

Nenhum comentário:

Postar um comentário