domingo, 21 de novembro de 2010

Os filhos do crack

Rótulos, royalties, rixas, rachas e papagaiadas em Brasília.
Salafrários fedendo à sacanagem ,fodendo as nossas cartas montados em salários exorbitantes.
Rodeios inventados por pobres exibicionistas que tentam se equivaler a potros e touros endemoniados.
Maquetes tochas, toscas, quixotescas; grotescas engenharias Talebãs.
Manchetes cínicas a vender notícias viciadas sobre os isqueiros do crack.
Mortos vivos presos entre a pedra e a aflição das famílias chocadas com a própria falta de limites.
A volta dos que nem foram?
A bolsa craqueada.
Computadores craqueados.
A fobia dos putos que odeiam putos e putas e negros e minorias indefesas.
O pior cego é aquele que não quer ser.
Um ensaio sobre a cegueira?
Árvores derrubadas à toa para suprir a confecção de caixões usados para devorar os auto massacres dos fins de semana.
Kamikazes?
Camisetas de auto ajuda vestidas sobre corações rancorosos.
A simplicidade esquecida em um canto onde monges e ambientalistas meditam soluções.
Convulsões, comoções continentais.
Pêsames, pesares.
Pesadelos prenhos.
Barack Obamas engessados promovendo a crise mundial; alimentando a chama dela com zilhões de dólares invisíveis.
Jovens férteis transformados em lobos propulsores do consumo desatinado, lutando ávidos por mais e mais metal.
Promovendo um curso de desenvolvimento condenado. Osteoporótico.
Calotes consignados, monitorados por sorros e caranchos.
Um prognóstico sombrio.
Rins, fígados, corações e córneas desperdiçados em explosões ou em gavetas de cemitério, enquanto o médico que poderia salvar a tua pele morre à espera de um transplante.
Gerações futuras acorrentado camas a corpos sem alma, batizados de filhos do crack, ou talvez de algo pior que ainda nem nasceu.

LUNAR

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