sábado, 27 de novembro de 2010

Tamos aí na peleia

Tamos aí na peleia, mano.
E tu creia ou não creia ainda estamos vivos.
Certos que erramos, mas com malandragem na veia.
Escravos sempre do nosso único compromisso.
Sobreviver dia a dia, tiro após tiro.
E tendo ainda assim que mostrar um sorriso.
Desmontando monstros é como eu me viro.
E quando eu não dou conta conto com os amigos.
Pai e mãe, irmãos. Mulher e filhos.
São o meu sermão, são o meu brilho.
Tamos aí na briga, na obriga de continuar.
Sobe o morro e desce o morro e mais um dia tá lá.
Um sistema viciado pronto pra me derrubar.
Pode ser que ele consiga, mas eu caio em pé.
O guerreiro que é guerreiro sabe como é que é.
Num dia tá foda no outro cai do céu
um bilhete premiado do papai noel.
Nesse ano pode ser que eu tenha mais.
Pra viver sossegado, pra trabalhar em paz.
Se não vem, não dá nada, estamos acostumados.
Construir um futuro bom é lutar pelo nosso passado.
Tamos aí na peleia, mano, dançando sobre os destroços.
somos bons, bota fé, não vão ver nossos ossos.
Somos livres e entendemos que o caminho é o bem.
Mas se vem contra nós não vamos ter remorsos.
Venha vida, vem que tem, vem com tudo.
O nosso escudo é o estudo, estamos muito bem.
Tamos aí na peleia. Somos queixo duro.
Pode crê, tá seguro, fortes como ninguém.




Lunar

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