quarta-feira, 28 de julho de 2010

A crônica tônica

Meu celular estragou há alguns meses. Fui à agência de minha operadora, onde fui atendido por uma atenciosa e muito bem produzida moça. Parecia aquelas de bolo vivo, sabe? Pois é. Escolhi um aparelho incrível! Tinha tudo! Passava café, esticava arame e até benzia. Pena é que eu nunca sei mexer nos meus celulares. Na hora a guria me explicou:
-Com as vantagens que o senhor já adquiriu utilizando nossos serviços, este aparelho fica tri barato. Só cinco vezes de bzzz, e chegou perto e soprou em meu ouvido.
-Tá muito bom mesmo! Respondi:
- Vou levar de fato! Pensei ainda, aproveito e mudo meu plano a fim de economizar. Pedi à ela que diminuísse o limite de minutos de minha conta. Foi então que ela olhou no sistema, com muito rímel e lápis e base; e com aquela voz macia, disse:
- mas o senhor sempre ultrapassa o seu limite de minutos do mês, senhor. Respondi imediatamente:
-O Senhor está no céu.
-Pois bem, tenho que ligar menos então;
-Tens telefone? Ela riu, fez uma carinha de "Ah se eu não tivesse trabalhando..." . E tá. Fui embora felizdavida com meu celularzinho novo e minha nova amizade. Óbvio, depois de assinar mil contratos.
Só aí foi que algo intrigou-me. Era muita maquiagem. Parecia a Amy Wynehouse, só que lúcida. Então, chegando em casa, revisei minha conta e, pasmem senhores. Fui ludibriado como um marreca. Eu usava menos minutos que o concedido por meu plano. Havia recém assinado o tal de plano de fidelidade e, pra rescindir o contrato, só pagando multa ou esperando um ano. Um aninho só, de trezentos e sessenta e cinco dias. Já pensou! Que cadeado.
É, amigo! Não caia nessa roubada de plano de fidelidade. A mulher é a loba do homem. Olho "vivo". Não deixe qualquer "oi" te seduzir , e "claro", saiba de tudo tim tim por tim “tim”

Leonardo Bulcão

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