quarta-feira, 28 de julho de 2010

Politicamente poeta

Alerto que, pelo caminho, pode haver pequenos erros,
grandes negócios e meias verdades.
Meias furadas.
Frases de efeito, muros elétricos e rock&roll.
Ciclones extra tropicais,
Zepelins e viagens inesperadamente ácidas.
Sonhos bons.
Festivais malhados.
Beijos molhados e garotas afins.
Poluições globais e badernas.
Esquerdas centralizadas e direitas tortas.
Politicagens patéticas, filhas das púticas e palavrões.
Pataquadas.
Paradigmas.
Teoremas mirabolantes bolados por um bem bolado acaso.
Calculadoras atômicas.
Relógios de sol.
Perfumes.
Feromônios.
Ratoeiras.
Uma Super Nova, uma super-moça.
Sexo quântico, física tântrica e vice-versa.
E versa-vice.
E etc...
E tal.
Sementes piratas,
Parques do Mickey, Mac Donald’s e outras assombrações.
Aposto que pelo caminho pode haver rítmos e contrações involuntárias aceleradas.
Carnavais.
Insites sobre o futuro.
Amores de camelô.
Deja vus.
Máquinas de debulhar milho automáticas.
Gols, pênaltis perdidos e cinema de final feliz.
Alerto que nada disso deverá te abalar realmente, mas se isso acontecer:
Sorria, você estará sendo filmado.
Sendo assim, politicamente poeta, o que te afeta não é o político.
O que te afeta não é o poeta.
O que te afeta é o teu afeto.

lunar

Um comentário: